quinta-feira, 11 de junho de 2015

Um pouco acerca da Síndrome de Down


A trissomia 21, conhecida como síndrome de Down, é uma condição cromossômica acarretada por um cromossomo extra no par 21. Crianças e jovens portadores da síndrome têm características físicas parecidas e estão sujeitos a algumas doenças. Mesmo apresentando deficiências intelectuais e de aprendizado, são seres humanos com personalidade única, que mantém uma boa comunicação e também são sensíveis e realmente interessantes. Normalmente o “grau” de acometimento dos sintomas é oposto ao estímulo dado a essas crianças no período da infância.
Geralmente, os humanos apresentam em suas células 46 cromossomos, que vem em 23 pares. Crianças portadoras da síndrome de Down possuem 47 cromossomos, pois têm três cópias do cromossomo 21, ao invés de duas. O que esta cópia extra de cromossomo causará no organismo, se modifica de acordo com a extensão dessa cópia, da genética familiar da criança, além de fatores ambientais e outras perspectivas.
A síndrome de Down pode acontecer em qualquer ser humano e efeitos similares já foram achados em outras espécies de mamíferos, como chimpanzés e ratos.
Características da síndrome
Os olhos amendoados, a face achatada, o pescoço curto, os dedos das mãos menores e menor força muscular são características comuns por conta da trissomia do cromossomo 21. A possibilidade de ter doenças associadas – como problemas cardíacos e respiratórios, alterações auditivas, de visão e ortopédicas – também está presente. Mas, como para qualquer outra criança, isso pode ser tratado e deve ser acompanhado por especialistas.
Outra característica comum entre as pessoas com Síndrome de Down é o ritmo particular para aprender. “Apresentam déficit intelectual de nível leve a moderado, dificuldade de aprendizagem de algumas tarefas da vida diária, acadêmica e de raciocínio. Mesmo assim, o recomendado é que a criança estude em escolas regulares, com as adaptações necessárias a cada um, levando sempre em consideração seu potencial”, explica a dra. Ana Cláudia.
“Elas merecem ser olhadas pelo potencial que podem desenvolver, pois são capazes. Esse olhar muda a vida da criança.”
Entretanto, se desde pequenino o bebê receber estímulos motores e cognitivos (de intelecto), conseguirá usar todas as ferramentas a seu favor. As crianças engatinham, andam, correm, sentam. Esse trabalho de terapias estimula o desenvolvimento do equilíbrio, da postura, dos movimentos e do raciocínio. “As práticas garantem o futuro da criança. Assim, quando adulta, terá possibilidade de vida mais independente, de trabalhar, de usar transporte público. Elas merecem ser olhadas pelo potencial que podem desenvolver, pois são capazes. Esse olhar muda a vida da criança”, enfatiza a pediatra.
Atendimento
Desde o ano 2008, o Hospital Israelita Albert Einstein se vale de mais um aliado para atender as pessoas com Síndrome de Down. É o Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente com Síndrome de Down, integrado à Clínica de Especialidade Pediátricas e ao Centro de Reabilitação. Além do acompanhamento pediátrico especializado, cardiologistas, endocrinologistas, ortopedistas, oftalmologistas, entre outros, acompanham os pacientes para avaliar se apresentam as doenças mais comuns.
Fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos também fazem parte dessa abordagem multidisciplinar. Os profissionais cuidam da estimulação precoce, desenvolvendo a fala, a parte cognitiva e motora. Esse acompanhamento é realizado desde os primeiros meses de vida, e a frequência no atendimento depende das necessidades de cada criança. A partir das avaliações é feito um relatório para o pediatra, com sugestões de procedimentos em busca do progresso dos pequenos e adolescentes.

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